O vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, acusou nesta semana um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de ter comprometido “o relacionamento historicamente próximo do Brasil com os EUA”. Sem citar diretamente Alexandre de Moraes, Landau declarou que o magistrado teria assumido “poder ditatorial” ao ameaçar líderes de outros poderes ou seus familiares com prisões e sanções.
Segundo Landau, a tentativa de aplicar a lei brasileira de forma extraterritorial, para silenciar pessoas e empresas nos EUA, foi um dos fatores que abalaram as relações bilaterais. Ele ressaltou que Washington mantém diálogo com o Executivo e o Legislativo brasileiros, mas não com um juiz, o que teria colocado ambos os países em um “beco sem saída”.
A pressão contra Moraes cresceu nas últimas semanas, com críticas de autoridades americanas. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que o ministro “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri” em uma “caça às bruxas ilegal” contra cidadãos e empresas dos dois países.
Em 30 de julho, o governo Trump aplicou a Lei Magnitsky contra Moraes, bloqueando seus bens nos EUA e permitindo sanções a instituições financeiras que mantenham relações com ele. Apesar das tensões, Landau afirmou que os Estados Unidos desejam retomar a amizade histórica com o Brasil.
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