Neste domingo (3), manifestações lideradas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocorreram em diversas capitais brasileiras. Os atos tiveram como foco críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de pedidos por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. As concentrações reuniram milhares de pessoas com bandeiras do Brasil e cartazes com frases como “Fora Lula” e “Fora Moraes”.

Em São Paulo, o protesto aconteceu na Avenida Paulista, em frente ao Masp. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) fez uma chamada de vídeo com Jair Bolsonaro, impedido de discursar por medidas judiciais. “Alexandre de Moraes, você é um cara corajoso. Mas sem toga você é nada”, disse Nikolas. O pastor Silas Malafaia, organizador do evento, também discursou, criticando a ausência de outras lideranças da direita e exaltando Bolsonaro como “insubstituível”.

O ex-presidente também participou virtualmente de um ato no Rio de Janeiro, quando seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), colocou-o no viva-voz. Jair Bolsonaro, usando tornozeleira eletrônica, afirmou que a manifestação era “pela nossa liberdade”. O governador Cláudio Castro (PL) também esteve presente, declarando Bolsonaro como “única opção” para 2026.

Em Fortaleza, a mobilização começou com uma carreata e culminou com protesto na Praça Portugal. Políticos como Eduardo Girão (Novo) e André Fernandes (PL) participaram, defendendo o impeachment de Moraes e a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Cartazes em defesa da liberdade de expressão e contra o STF também foram vistos.

Segundo estimativas, o ato na Avenida Paulista reuniu entre 37,6 mil e 57,6 mil pessoas, conforme levantamento da ONG More in Common e do jornal Poder360. As manifestações ocorreram após os Estados Unidos aplicarem sanções relacionadas à atuação de autoridades brasileiras, o que reforçou o discurso contra o STF durante os eventos.