A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) permanece detida na prisão de Ketziot, localizada no deserto do Negev, ao sul de Israel, após recusar-se a assinar um documento de deportação acelerada oferecido pelas autoridades israelenses. A parlamentar integra a delegação brasileira da flotilha humanitária Global Sumud Flotilla, interceptada por forças israelenses em águas internacionais enquanto transportava alimentos e medicamentos para a Faixa de Gaza.
Segundo a advogada que acompanha o grupo, Luizianne considerou o documento abusivo e optou por não assiná-lo, mantendo-se “em solidariedade e unidade com os demais membros da delegação brasileira que não assinaram o documento”. Em nota enviada à imprensa, a equipe da deputada informou que a decisão foi pautada por sua trajetória na defesa dos direitos humanos e pelo entendimento de que “sua responsabilidade ia além de sua própria situação”.
O Itamaraty confirmou que todos os ativistas tiveram a opção de assinar o termo de deportação, que acelera o retorno ao país de origem. Até o momento, quatro brasileiros assinaram o documento e um quinto manifestou intenção de fazê-lo. Luizianne, no entanto, permanece firme na decisão de não aceitar a proposta israelense.
A delegação brasileira recebeu apoio diplomático da Embaixada do Brasil em Israel e de representantes de outros países. O grupo foi interceptado por militares israelenses na quarta-feira (2), e desde então enfrenta restrições e condições difíceis de detenção.
De acordo com informações da Flotilla, cinco brasileiros declararam estar em greve de fome em protesto contra o governo israelense: Ariadne Telles, Bruno Gilga, João Aguiar, Thiago Ávila e um outro integrante ainda não identificado.







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