A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) relatou nesta terça-feira (7) ter enfrentado “muita truculência” durante os seis dias em que ficou detida por autoridades israelenses. Ela foi capturada enquanto participava de uma flotilha humanitária que tentava chegar à Faixa de Gaza. Após ser libertada na Jordânia, Luizianne afirmou que retorna ao Brasil nesta quinta-feira (9).
Em vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar contou ter ficado incomunicável após a interceptação do grupo, que reunia brasileiros, ativistas internacionais e a sueca Greta Thunberg. Segundo Luizianne, os detidos foram levados a um centro de detenção em Ketziot, no sul de Israel, próximo à fronteira com o Egito.
“Quero agradecer o apoio e a torcida (…) as pessoas que torceram por essa missão. E foram muitas violações, foi muita truculência, foi uma situação muito, muito difícil”, declarou a deputada. Ela destacou, contudo, que o sofrimento vivido não se compara ao dos “mais de 10 mil palestinos presos, dentre eles 400 crianças”.
A flotilha humanitária, organizada pela Global Sumud Flotilla (GSF), partiu de Barcelona, na Espanha, em 31 de agosto. O grupo — que incluía parlamentares italianos e espanhóis — foi interceptado por forças israelenses na noite de 1º de outubro, a cerca de 130 km de Gaza. A GSF acusou Israel de atacar agressivamente as embarcações, utilizando canhões de água e abalroamentos.
Antes da interceptação, Luizianne havia publicado em suas redes sociais que as embarcações haviam entrado em uma “zona de alto risco”, sendo orientadas a vestir coletes salva-vidas diante da aproximação de navios israelenses. A missão tinha como objetivo levar ajuda humanitária à população palestina em Gaza.







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