Os Estados Unidos elevaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que possam levar à prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O anúncio foi feito pela procuradora-geral Pam Bondi nesta quinta-feira (7), destacando que Maduro representa uma grave ameaça à segurança nacional americana.
O valor anterior, de US$ 25 milhões, foi oferecido em janeiro deste ano, durante o governo Joe Biden. Agora, sob justificativa do envolvimento de Maduro com narcoterrorismo, tráfico de drogas e associação com grupos terroristas, a recompensa foi dobrada, chegando a um patamar histórico.
Maduro é acusado de comandar o chamado Cartel de los Soles, organização classificada pelos EUA como terrorista internacional, e de ser responsável pela entrada de grandes quantidades de cocaína no território norte-americano, inclusive misturada com fentanil. As autoridades americanas já apreenderam mais de US$ 700 milhões em bens ligados ao regime venezuelano, incluindo aviões e veículos.
Apesar do anúncio impactante, a medida tem efeito prático limitado, já que Maduro permanece no poder, protegido por aliados estratégicos como Rússia, China e Irã. O governo dos EUA também oferece recompensas por informações sobre outros membros da cúpula venezuelana, como o ministro do Interior Diosdado Cabello e o ministro da Defesa Vladimir Padrino López.
Desde que assumiu o poder em 2013, Maduro enfrenta acusações de repressão política, corrupção e eleições contestadas. Sua reeleição em 2024 gerou ainda mais controvérsia, com perseguição a opositores e exílio de candidatos. A Constituição da Venezuela permite mandatos presidenciais indefinidos, o que facilita a permanência do atual regime.
Deixe um comentário