Crédito consignado para CLT busca proteger trabalhadores dos juros altos

Com o Programa Crédito do Trabalhador, os empregados poderão acessar linhas de empréstimo mais acessíveis, com desconto direto em folha.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o novo programa de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada (CLT) tem o objetivo de proteger essa categoria dos juros elevados do mercado e evitar o superendividamento.

“Apesar do aumento da Selic, nós estamos abrindo um caminho para permitir que você renegocie suas dívidas a taxas mais civilizadas”, disse Haddad em entrevista ao Canal Gov. Ele criticou os altos juros cobrados pelos bancos, que chegam a 6% ao mês no crédito pessoal, enquanto o custo de captação dessas instituições é consideravelmente menor.

Com o Programa Crédito do Trabalhador, os empregados poderão acessar linhas de empréstimo mais acessíveis, com desconto direto em folha. A nova modalidade permitirá que trabalhadores migrem suas dívidas para condições mais vantajosas, reduzindo o valor das parcelas e evitando o acúmulo impagável de juros.

A adesão ao programa poderá ser feita a partir de 21 de março por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Os empréstimos serão garantidos por recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e os trabalhadores receberão propostas diretamente de instituições financeiras habilitadas. Os bancos poderão operar a nova linha de crédito a partir de 25 de abril.

“Você que tem uma dívida, hoje, com o banco no crédito pessoal, fale calmamente com o seu gerente, pergunte quanto você está pagando de taxa de juros nessa linha de crédito, você vai encontrar um número alto, acima de 5%, acima de 6% ao mês”, alertou o ministro.

Haddad destacou ainda que trabalhadores com mais tempo de empresa podem conseguir taxas ainda menores, o que favorece especialmente profissionais com vínculos empregatícios de longo prazo.

O ministro também comentou a recente decisão do Banco Central de elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano, medida que já estava prevista desde a gestão anterior. Segundo ele, o governo segue empenhado em equilibrar as contas públicas e controlar a inflação sem comprometer o crescimento econômico.

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