O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inaugura, nesta quarta-feira (19), o Hospital Universitário do Ceará, localizado no campus da Universidade Estadual do Ceará (Uece), em Fortaleza. A unidade, projetada para ser a maior da rede estadual em estrutura e complexidade, começa a atender pacientes na quinta-feira (20), operando inicialmente com 30% da capacidade.
A nova unidade de saúde, vinculada à Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), terá foco em especialidades como hematologia, oncologia, urologia, cirurgia vascular e cirurgia de cabeça e pescoço. No entanto, funcionará como “porta fechada”, ou seja, receberá apenas pacientes encaminhados via regulação, sem atendimento emergencial. Também será inaugurado o Centro de Quimioterapia, que funcionará de maneira semelhante ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF), com serviços de alta complexidade.
O hospital ocupa uma área de 78,6 mil m² e conta com três torres e sete andares. Quando estiver em plena operação, oferecerá 652 leitos, incluindo os de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesta primeira fase, porém, estarão disponíveis 159 leitos. A abertura da unidade ocorre quase seis anos após seu anúncio e cerca de três anos após a assinatura da ordem de serviço, em janeiro de 2021, pelo então governador Camilo Santana (PT), atual ministro da Educação. A obra foi concluída em outubro de 2023.
O custo de manutenção do hospital está estimado em R$ 196 milhões por ano, valor que será coberto pelo governo estadual, embora haja expectativa de apoio federal. Com essa inauguração, a rede estadual passa a contar com 14 hospitais, sendo 10 em Fortaleza. O último hospital incorporado à rede pública foi o Leonardo da Vinci, adquirido da iniciativa privada durante a pandemia de Covid-19.
A ampliação dos atendimentos ocorrerá por etapas. O primeiro mês será dedicado a avaliações e ajustes operacionais. A expectativa é que novos leitos e serviços sejam disponibilizados a partir de abril de 2025, com o hospital operando em plena capacidade até dezembro do mesmo ano. Neste momento inicial, a prioridade será a transferência de pacientes já internados que necessitam das especialidades oferecidas, enquanto o atendimento ambulatorial para o público em geral ainda não tem data definida para começar.
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