O Brasil subiu cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e agora ocupa a 84ª colocação entre 193 países, conforme dados divulgados nesta terça-feira (6) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O país alcançou um IDH de 0,786, classificado como de alto desenvolvimento humano.
O índice considera dados de 2023 sobre expectativa de vida, escolaridade e Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Em comparação com o ano anterior, o Brasil apresentou crescimento de 0,77%, ultrapassando países como Moldávia e Palau. Desde 1990, o país tem registrado crescimento médio anual de 0,62%.
Apesar do avanço no ranking geral, o Brasil cai para a 105ª posição quando o IDH é ajustado por desigualdade social, com índice reduzido para 0,594, o que o reclassifica como país de desenvolvimento médio. A diferença ocorre por causa da desigualdade de renda e acesso a serviços básicos.
No recorte por gênero, as mulheres brasileiras apresentam IDH ligeiramente superior ao dos homens (0,785 contra 0,783), com melhores índices de expectativa de vida e escolaridade, embora ainda recebam menos em termos de renda. Já no IDH ajustado pela pegada de carbono, o Brasil melhora sua colocação e aparece em 77º lugar.
O relatório deste ano tem como tema central a inteligência artificial. O administrador do Pnud, Achim Steiner, defendeu que a tecnologia deve servir ao desenvolvimento humano e alertou para os riscos de desigualdade digital. “Nossa capacidade de explorar no sentido positivo essa nova fronteira… exige cooperação internacional”, afirmou.
Globalmente, a Islândia lidera o ranking com IDH de 0,972, seguida por outros países europeus. O Sudão do Sul aparece na última colocação. Segundo o Pnud, embora a média mundial do IDH tenha alcançado 0,756 – o maior nível da série histórica –, o progresso tem sido mais lento e desigual, especialmente entre os países com menor desenvolvimento.
Com informações da Agência Brasil
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