Brasil amplia exportação de petróleo e Petrobras investe em logística

As exportações nacionais atingiram 52,1% da produção total, com uma média de 1,75 milhão de barris diários, um aumento de 10,1% em relação a 2023

Em 2024, o Brasil exportou mais da metade de sua produção de petróleo pela primeira vez na história, consolidando-se como um importante fornecedor global, especialmente para o mercado europeu, que busca alternativas ao petróleo russo devido às sanções impostas pela Guerra da Ucrânia.

As exportações nacionais atingiram 52,1% da produção total, com uma média de 1,75 milhão de barris diários, um aumento de 10,1% em relação a 2023, apesar da queda na produção nacional para 3,365 milhões de barris por dia. O petróleo superou a soja e se tornou o principal item da balança comercial brasileira.

“Com a entrada de novas plataformas, nossa expectativa é que as exportações fiquem entre 2 e 2,4 milhões de barris por dia em 2025”, afirma Roberto Ardenghy, presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás).

A Petrobras, que destinou cerca de 75% de sua produção ao mercado interno em 2024, também prevê o crescimento das exportações até que seus projetos de ampliação da capacidade de refino sejam concluídos. Seu principal cliente foi a China, com 42% do volume, seguida pela Europa, que absorveu 33% das vendas da estatal.

Para melhorar a logística e reduzir custos e emissões, a Petrobras conta com uma frota especializada, incluindo 22 navios de posicionamento dinâmico e dois superpetroleiros VLCCs. Além disso, investe em tecnologias para otimizar o abastecimento de petroleiros e anunciou a contratação de mais 16 embarcações para modernizar sua operação.

Críticos ambientais questionam a ampliação das exportações, alegando que isso incentiva novas explorações, como na Bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras, por sua vez, defende a produção nacional como estratégia para suprir a demanda global com menor impacto ambiental. “O óleo brasileiro tem como diferencial uma pegada de carbono menor do que a média mundial”, afirma Claudio Schlosser, diretor da estatal.

Com informações da Folhapress

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