O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou, neste domingo (16), um ato na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para defender anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 contra as sedes dos Três Poderes. Investigado por tentativa de golpe de Estado, ele negou intenção de deixar o país e disse: “O que eles querem é uma condenação […] Não vou sair do Brasil”.
Bolsonaro, atualmente inelegível, afirmou que não tem “obsessão pelo poder” e admitiu a possibilidade de não disputar futuras eleições, alegando haver “pessoas capazes de substituí-lo”. Ele também se esquivou das acusações, ressaltando que estava nos Estados Unidos durante os ataques.
O evento reuniu cerca de 18 mil pessoas, segundo estimativas do Cebrap e da ONG More in Common, que usaram inteligência artificial para calcular a participação a partir de imagens aéreas. Os manifestantes ocuparam aproximadamente 300 metros da Avenida Atlântica e exibiram mensagens de apoio ao ex-presidente e críticas ao atual governo.
Pressão por anistia
Lideranças de direita participaram do ato para pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto de anistia aos condenados pelos ataques. Bolsonaro classificou os envolvidos como “pessoas de bem” e negou que tenham tido intenção de derrubar o governo.
Quatro governadores marcaram presença no evento: Cláudio Castro (RJ), Jorginho Mello (SC), Mauro Mendes (MT) e Tarcísio de Freitas (SP). Tarcísio defendeu a anistia, afirmando que é necessário seguir em frente para discutir temas como saúde pública e inflação.
Mobilização e discursos
O ato foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e contou com forte presença de apoiadores usando camisetas e adesivos com frases como “A direita está viva” e “Anistia para os patriotas”. Havia também elogios a Donald Trump e críticas ao governo Lula. Pouco depois do meio-dia, após a fala de Bolsonaro, os manifestantes começaram a se dispersar.
Com informações da Agência Brasil
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