O setor público consolidado, composto por União, Estados, municípios e estatais, registrou um superávit primário de R$ 104,1 bilhões em janeiro de 2025, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (14). O resultado supera o desempenho do mesmo período de 2024, quando o saldo positivo foi de R$ 102,1 bilhões.
O Governo Central, que inclui o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o próprio BC, teve um superávit de R$ 83,1 bilhões no mês. Já os governos regionais registraram superávit de R$ 22 bilhões, enquanto as estatais tiveram déficit de R$ 1 bilhão.
Nos últimos 12 meses, o déficit primário acumulado atingiu R$ 45,6 bilhões, o equivalente a 0,38% do Produto Interno Bruto (PIB).
Redução nos juros nominais
Os juros nominais do setor público consolidado totalizaram R$ 40,4 bilhões em janeiro de 2025, uma queda significativa em relação aos R$ 79,9 bilhões registrados no mesmo mês do ano anterior. Segundo o BC, a melhora foi impulsionada pelo desempenho das operações de swap cambial, que resultaram em um ganho de R$ 36 bilhões, revertendo a perda de R$ 10 bilhões em janeiro de 2024.
No acumulado de 12 meses, os juros nominais alcançaram R$ 910,9 bilhões, correspondendo a 7,67% do PIB. No mesmo período até janeiro de 2024, o valor foi de R$ 745,9 bilhões, ou 6,77% do PIB.
Dívida pública em queda
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o saldo primário e os juros nominais, apresentou superávit de R$ 63,7 bilhões em janeiro. No acumulado de 12 meses, o déficit nominal atingiu R$ 956,5 bilhões (8,05% do PIB), reduzindo-se em relação a dezembro de 2024, quando era de R$ 998 bilhões (8,45% do PIB).
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) fechou janeiro em R$ 7,2 trilhões, o equivalente a 60,8% do PIB. “Esse resultado refletiu, sobretudo, os impactos do superávit primário, da variação do PIB nominal e da valorização cambial de 5,8%”, informou o BC.
Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o governo federal, o INSS e os governos regionais, atingiu 75,3% do PIB, totalizando R$ 8,9 trilhões, uma queda de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior. A redução foi impulsionada pelo resgate líquido de dívidas e pela valorização do real.
Deixe um comentário