Estudantes cearenses criam caneta para detectar drogas em bebidas adulteradas

A “Drug Test Pen” é uma caneta que, ao ser utilizada em um papel filtro ou guardanapo, reage com as substâncias dopantes, formando pontos pretos em cerca de 10 segundos.

Cinco estudantes da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) José Maria Falcão, em Pacajus (CE), desenvolveram um dispositivo inovador para identificar a presença de benzodiazepínicos em bebidas adulteradas. A “Drug Test Pen” é uma caneta que, ao ser utilizada em um papel filtro ou guardanapo, reage com as substâncias dopantes, formando pontos pretos em cerca de 10 segundos.

O projeto surgiu a partir da participação das alunas na feira científica da escola, cujo tema foi “Mulheres e Ciências: Caminhos para a Equidade de Gênero”. Com pesquisas laboratoriais, elas encontraram um reagente colorimétrico não tóxico e acessível, permitindo a criação de um produto prático e de baixo custo — apenas R$ 10,00 muito abaixo dos R$ 300 cobrados por soluções similares no exterior.

O grupo, composto por Ana Clara Torres do Vale, Ana Letícia Sousa de Oliveira, Bianca Emanuelle da Silva Lino, Mariana Severiano Menezes e Maria de Fátima Rodrigues Xavier Soares, sob orientação da professora Elly Hanna de Lima Sobrinho, já participou de diversas feiras científicas. Em 2024, elas foram finalistas no evento “Ceará Faz Ciência” e conquistaram o segundo lugar na etapa regional do “Ceará Científico”.

Agora, o projeto será apresentado na 23ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que ocorre entre 25 e 28 de março, na Universidade de São Paulo (USP). O evento reúne 300 projetos finalistas e oferece prêmios como bolsas de estudo e a chance de representar o Brasil na Regeneron International Science and Engineering Fair 2025, nos Estados Unidos. Ao todo, 18 projetos de escolas cearenses são finalistas nesta edição da Febrace.

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